"I like you a lot but I like a lot of people."
Desde o primário foi quase que obrigada a gostar de alguém. A perguntinha " De quem você gosta?", tão inocente naquela época, estava sempre nas conversas enquanto as meninas brincavam de amarelinha e os meninos jogavam bola. Era obrigada a dizer algum nome e normalmente era aquele que todas as meninas gostavam, até porque nunca tinha reparado nos meninos, a não ser como amigos. No colegial gostar de alguém também era essencial, e agora além das colegas as músicas também tendiam à isso. Contudo, dessa vez, a escolha era sua. E assim aconteceu até ela crescer. Foi escolhendo meninos aleatórios para gostar, sem pensar. Alguns dias atrás parou para pensar de quem gostava e qual foi a sua surpresa quando descobriu que não sabia se gostava realmente de alguém. Percebeu que tinha sim um grande vazio e usava de pseudosentimentos para preenchê-lo. Era só um corpo oco, cheio de nada. Naquela instante o brilho dos olhos se apagou pra sempre.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Bom texto...realmente bom.
E fica então, pelo menos para mim, a seguinte pergunta.
Ao gostar de outros, o que sobra do gostar que não a mania de gostar aleatoriamente?
Parabéns.
Postar um comentário