Uma pessoa me lembrou de como eu comecei isso aqui. Comecei com uma história que tinha tudo pra dar certo mas que eu fiz não dar. Então eu vou mudar o final. A história terminava assim:
" (...)a moça acaba se mudando e vai parar na "Capital". O moço arranja continua cuidando do negócio do pai. A moça acaba solteira mas bem de vida e o moço junta o escore de três casamentos fracassados e um filho gordinho. A moça morre de câncer de pulmão e o moço de infarto. O engraçado é que os dois morrem no mesmo dia."
O novo fim:
A moça acaba se mudando pra capital. O rapaz também. Era aquele o destino que estava rabiscado no mapa dela. Era esse o primeiro destino que ele viu quando entrou sem querer num quarto numa festa qualquer. Não lembrava disso, é claro. Nem ela afinal o mapa já estava no lixo fazia tempo. Um dia, e aqui já não se sabe dizer como, os dois se encontraram no elevador do prédio onde os dois moravam mas não sabiam. A moça deixou cair os livros que tinha nas mãos e ele a ajudou a apanhá-los. Depois desse encontro, não se sabe o porquê, os dois torciam pra que o outro estivesse no elevador. Depois de muito elevador, o primeiro café. E depois do primeiro café foram muitas primeiras coisas entre eles: primeiro beijo, primeiro jantar, primeiro mês, primeiro bom dia, primeiro porre, primeira brigas... Primeiro e único vestido branco. Primeiro e único amor.
A vida escorre entre os dedos, a dor some e sobra apenas a experiência. Não é apenas nos textos que os finais podem ser mudados.
P.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário