Já são 19:28 e ainda há sol lá fora. Foi o que eu vi da minha janela. Não gosto de deixar a janela aberta nos domingos porque não gosto de ver o tempo passar e a noite chegar. Saber que a liberdade do fim de semana acabou não me parece legal. Mas é estranho perceber que, há alguns domingos atrás, nesse horário a noite já teria começado.
Devaneios à parte vamos ao que interessa.
Fomos tomar um café em um lugarzinho qualquer nessa cidadela e conversa vai, conversa vem chegamos no seguinte assunto: O futuro.
Ah, o futuro. Perguntei à ela quais eram os seus planos para o ano que chegava. Ela me respondeu que queria estágio, pesquisa, estudo, organização e tudo mais. Foi aí que ficamos em silêncio. O silêncio dela era quase que uma pergunta para mim: "E você, quais são os SEUS planos?". Não me desesperei ao perceber que, logo eu que sempre planejei tudo na minha vida, não tinha pensado nos meus planos para o próximo ano e que, pela primeira vez, não sabia o que queria.
Comecei a pensar e então descobri que queria apenas uma coisa para o ano que vem: ser feliz.
Estavamos em outubro e eu podia dizer, com a certeza de quem viveu, que apesar de todas as mudanças boas, aquele fora um ano triste. Aquele fora o ano que pela primeira vez eu tinha perdido a fé. Não se entenda aqui a fé religiosa mas apenas a fé em si mesmo. E continuar sem fé é quase impossível.
Fechei os olhos e foi então que descobri o que queria para o próximo ano: não ter medo de deixar a janela do quarto aberta no domingo.
domingo, 12 de outubro de 2008
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